Tocantins Infraestrutura
Tocantins necessita investir R$ 1,83 bi para recuperação de suas rodovias
O diagnóstico faz parte de uma pesquisa realizada e divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).
18/11/2022 09h51 Atualizada há 3 anos
Por: Redação Fonte: Gazeta do Cerrado

O Tocantins apresenta cerca de 70% de sua malha rodoviária pavimentada com algum tipo de

problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. O diagnóstico faz parte da

pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

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Apenas 30% das estradas são consideradas boas ou ótimas.

A pesquisa foi feita em 2022 e considera toda a malha pavimentada das rodovias

federais, além dos principais trechos estaduais, totalizando 3.573 quilômetros de

rodovias no Tocantins. Foram analisados o pavimento, sinalização e geometria da via.

Durante o levantamento foram identificados 60 pontos críticos. Estes trechos

apresentam situações atípicas que interferem na fluidez do tráfego e podem trazer

riscos aos usuários e custos adicionais à operação. São exemplos: queda de

barreiras, pontes caídas, erosão na pista, buracos grandes e pontes estreitas, entre outros.

A superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de

Transportes (Dnit) afirmou, em nota, que monitora mensalmente a malha rodoviária

sob sua jurisdição e trabalha para garantir o melhor nível de serviço, a partir do

orçamento disponível.

Veja nota completa abaixo:

Pavimentação

Segundo o levantamento 66,5% do pavimento da malha viária do estado apresenta

problemas. Por outro lado, 33,5% têm condição satisfatória e 0,6% tem o pavimento

totalmente destruído

Sinalização e traçado

Os dados revelaram que 69,5% da extensão da malha rodoviária da região é

considerada regular, ruim ou péssima. 30,5%, ótima ou boa. Além disso, 6,6% da

extensão está sem faixa central e 11,7% não tem faixas laterais.

Para quem viaja pelo estado, por exemplo, não é incomum encontrar placas

destruídas e até escondidas pelo mato às margens da rodovia.

As estradas do estado também apresentam problemas no traçado. Neste quesito,

67,4% da malha rodoviária do estado apresenta algum tipo de problema como a

falta de acostamento (61,2%) e trechos com curvas perigosas que não tem

sinalização (50,6%).

Custos e investimentos

A estimativa da CNT é de que as condições do pavimento no estado do geram um

aumento de custo operacional do transporte de 37,0%. Isso vai se refletir

diretamente na competitividade do estado e do país, assim como no preço dos

produtos.

Seria necessário R$ 1,83 bilhão para recuperar as rodovias no estado, com ações

emergenciais de restauração e de reconstrução.

Além disso, estima-se que haverá um consumo desnecessário de 41,5 milhões de

litros de diesel devido à má qualidade da malha rodoviária no estado. Esse

desperdício custará R$ 189,58 milhões aos transportadores.

O que diz o Dnit

O DNIT monitora mensalmente a malha rodoviária sob sua jurisdição e trabalha para

garantir o melhor nível de serviço, a partir do orçamento disponível. E mesmo diante de

um quadro de severa restrição orçamentária, o Departamento tem atuado para dar

continuidade às ações previstas no Plano Nacional de Logística.

A partir de um planejamento integrado e da valorização da gestão técnica foi possível

assegurar a manutenção da malha rodoviária e entregar obras aguardadas há décadas.

Prova disso é que no último ano, 99,97% do orçamento foi efetivamente empenhado, o

que demonstra de forma cabal o compromisso com a boa gestão e com o bom uso dos

recursos públicos.

Atingimos o patamar de 96% da malha rodoviária federal coberta por contratos de

manutenção e concluímos 4 mil quilômetros de revitalização, pavimentação e duplicação

de rodovias no país.

O DNIT possui sua metodologia de avaliação das condições da manutenção do

pavimento e da conservação das rodovias federais em todo o país. O Índice de Condição

da Manutenção (ICM) tem o objetivo de manter uma radiografia atualizada das

condições da malha federal sob jurisdição do DNIT. O monitoramento do ICM busca

ainda utilizar as informações apuradas na tomada de decisões sobre investimentos.

AGETO se pronuncia

Em resposta ao site Gazeta do Cerrado, a Agência Tocantinense de Transportes

e Obras (AGETO) comentou em nota:

A Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto) informa que em 2022,

primeiro ano da atual gestão, foi contratado mais de R$ 700 milhões em

infraestrutura rodoviária no Estado do Tocantins.

Oktransitáveis, porém com algum tipo de problema e 30% desta quilometragem

considerados bons e ótimos.

Com relação aos investimentos em pavimentação de rodovias não pavimentadas, o

foco está no atendimento a municípios relegados ao abandono e sem nenhuma

rodovia pavimentada e trechos de produção agrícola. Estão em andamento as obras

de pavimentação do trecho da TO-239, ligando Itapiratins a Itacajá com extensão de

32,05 km e na rodovia TO-248, o trecho que liga Santa Maria a Recursolândia,

Lajeado/ Tocantínia, Campos Lindos/Serra do Centro, Lagoa do Tocantins/KM 50,

Lago da Confusão/Barreira da Cruz.

Além disso, foi implantado no corrente ano o Plano de Recuperação e Conservação

de Rodovias que está sendo executado em 30 trechos rodoviários. Ao todo, o plano

tem por objetivo executar a recuperação de base e reconstrução do pavimento

asfáltico em mais de 2 mil km. As obras estão em franco desenvolvimento em todas

as regiões, de Norte a Sul, beneficiando praticamente todos os 139 municípios.