A importância da transparência e responsabilidade na administração dos dízimos e ofertas: Um chamado à fidelidade

É fundamental entender que, assim como os cristãos são chamados a ser fiéis na entrega dos dízimos e ofertas, a liderança da igreja também é chamada a ser fiel na administração desses recursos.  

Uma das possíveis razões pelas quais muitos crentes não são fiéis na entrega de seus dízimos é a percepção de falta de fidelidade por parte de alguns líderes religiosos na administração dos recursos da igreja. Essa falta de confiança pode levar os crentes a questionarem se a administração está em conformidade com os princípios bíblicos. 

Continua após a publicidade

A generosidade dos cristãos do primeiro século, conforme descrito na Bíblia (Atos 4.36,37), contrasta com a falta de espontaneidade na igreja contemporânea. Isso pode ser atribuído à falta de pastores que administrem os recursos, dízimos e ofertas, de forma semelhante aos apóstolos. Na igreja primitiva, os crentes viam que seus recursos eram totalmente usados para promover a causa de Cristo e não para interesses pessoais. Quando os crentes testemunharem uma administração responsável, amorosa e transparente de seus dízimos e ofertas, eles serão encorajados a contribuir de forma mais generosa.

Embora seja um tema amplo, posso destacar alguns pontos principais relacionados à importância da boa gestão e transparência, com base em fundamentos bíblicos.

1. RESPONSABILIDADE E INTEGRIDADE: A Bíblia ensina a importância da responsabilidade e da integridade na administração dos recursos. Aqueles que são encarregados de gerir os dízimos e as ofertas têm a responsabilidade de serem honestos e transparentes, agindo com integridade em relação ao dinheiro doado pelos membros da entidade.

2. CONFIANÇA E CREDIBILIDADE: A transparência na prestação de contas promove a confiança e a credibilidade entre os membros da entidade religiosa. Quando os líderes religiosos são abertos sobre como os recursos são utilizados, os membros se sentem seguros em devolver a casa do tesouro

3. EXEMPLO PARA A SOCIEDADE: Uma gestão transparente dos recursos financeiros da instituição religiosa é um testemunho para a sociedade. Isso mostra que os princípios éticos e morais estão sendo aplicados na administração dos recursos e destaca a importância de ser responsável com o dinheiro.

4. PRESTAÇÃO DE CONTAS PERANTE DEUS: A Bíblia ensina que todos devemos prestar contas a Deus por nossas ações e decisões. Aqueles que são encarregados da administração dos dízimos e ofertas são responsáveis perante Deus por sua gestão. Uma prestação de contas transparente é uma maneira de demonstrar fidelidade e obediência a Deus nessa área.

5. EVITAR ESCÂNDALOS E CONTROVÉRSIAS: Infelizmente, já vimos casos de escândalos relacionados à má administração dos recursos financeiros em algumas instituições religiosas. A transparência na prestação de contas é uma forma de evitar controvérsias e escândalos que possam prejudicar a reputação da igreja e minar sua missão de propagar a mensagem do evangelho.

6. USO EFICIENTE DOS RECURSOS: Uma boa gestão dos dízimos e ofertas permite que os recursos sejam utilizados de maneira eficiente e direcionados para as áreas em que são mais necessários. A transparência na prestação de contas ajuda a garantir que os recursos sejam aplicados conforme as diretrizes estabelecidas pelas entidades religiosas e em conformidade com a legislação, maximizando assim seu impacto positivo.

7. CONSIDERAR O IMPACTO NAS FINANÇAS PESSOAIS: O gestor eclesiástico deve ter sensibilidade em relação à situação financeira dos membros. É importante evitar levantar campanhas que possam sobrecarregar o orçamento familiar dos membros e congregados. Ao fazer um planejamento cuidadoso, é possível equilibrar as necessidades da igreja com a capacidade financeira das pessoas, evitando colocá-las em dificuldades financeiras.

Em resumo, a importância da boa gestão da administração dos dízimos e das ofertas, aliada à transparência na prestação de contas, está fundamentada em princípios bíblicos de responsabilidade, integridade, confiança e prestação de contas perante Deus e a sociedade. Esses princípios ajudam a garantir uma administração ética, evitando escândalos e controvérsias, além de permitir o uso eficiente dos recursos para promover o projeto de Deus para Igreja (evangelização). 

Ao adotar uma abordagem transparente na prestação de contas, os líderes religiosos podem fortalecer a confiança dos membros, promover uma cultura de responsabilidade e prestar contas perante Deus e a sociedade.

Deus em Cristo nos abençoe e nos conceda graça para sermos obedientes e diligentes a sua Palavra.