Leis sobre ideologia de gênero ameaçam liberdade religiosa na Austrália

Grupos cristãos na Austrália estão expressando preocupações com uma nova legislação proposta no estado mais populoso do país, que poderia ter consequências sérias para a liberdade religiosa.

A legislação em questão poderia resultar em pais, pastores e profissionais de saúde enfrentando acusações criminais por fornecerem cuidados não afirmativos para aqueles que estão confusos em relação ao sexo, e tem como objetivo aparente proibir a chamada terapia de conversão relacionada à orientação sexual e identidade de gênero.

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No entanto, o Australian Christian Lobby (ACL) alertou que um rascunho do projeto de lei vazado recentemente em um grande veículo de notícias sugere que há um risco de que isso possa prejudicar a livre expressão de crenças cristãs e ensinamentos sobre o tema.

“Há o perigo de que os pais de Nova Gales do Sul possam perder o direito legal de discutir questões de sexo e sexualidade com seus filhos sob a nova legislação de práticas de conversão”, afirmou o ACL, segundo Christian Today.

Sendo assim, o lobby afirmou que as páginas vazadas do projeto de lei mostram uma divergência marcante das descrições iniciais da legislação, demonstrando que o novo governo trabalhista eleito estava descumprindo suas promessas pré-eleitorais de garantir a liberdade de crença religiosa.

Além disso, ACL ressaltou que algumas das possíveis consequências do projeto de lei incluem profissionais médicos sendo incapazes de questionar uma abordagem baseada em “afirmação” em detrimento das melhores práticas médicas.

Desse modo, o grupo alertou que isso poderia levar à acusação de pais por aconselharem seus filhos contra procedimentos médicos, ou até mesmo proibir pastores ou membros da igreja de oferecer pastoreamento direto ou orações a um membro da congregação sobre questões de sexualidade.

“Esses desenvolvimentos são alarmantes. Aqueles que vivenciam confusão de gênero, especialmente crianças e jovens adultos, são alguns dos mais vulneráveis em nossa sociedade. Devemos responder prontamente e pressionar o novo governo a fornecer proteções específicas para pais, pastores e profissionais de saúde para garantir a segurança de nossos filhos e a liberdade de manter uma visão bíblica de sexo e sexualidade”, concluiu ACL.