Os EUA demonstraram desacordo com a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a comparação entre a operação militar israelense em Gaza e o Holocausto.
A declaração foi feita por Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, durante uma coletiva de imprensa na terça-feira (20).
Miller afirmou que os Estados Unidos não acreditam que haja genocídio na região.
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A resposta do porta-voz foi dada quando um jornalista o questionou se a declaração de Lula seria discutida com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que chegou ao Brasil para a reunião do G20.
“Obviamente, nós discordamos desses comentários. Fomos bastante claros que não acreditamos que um genocídio ocorreu em Gaza. Queremos ver o conflito encerrado quando for possível. Queremos ver aumento de ajuda humanitária para civis em Gaza. Mas não concordamos com esses comentários”, respondeu Miller.
A declaração de Lula teve forte repercussão na imprensa, por meio de editoriais, que expressam a opinião dos veículos de mídia.
O jornal O Globo escreveu que Lula “agride a História” ao comparar Israel aos nazistas.
Já a Folha de São Paulo disse que a “banalização do Holocausto não deveria estar no repertório de um chefe de Estado”.
Em seu editorial, o Estado de S. Paulo afirmou que Lula “aviltou a História, a memória dos judeus assassinados pelos nazistas e os interesses do Brasil”.