A histórica Igreja da Escócia, uma igreja reformada, de orientação calvinista e presbiteriana, decidiu apoiar um Projeto de Lei que pode impedir a evangelização de pessoas LGBT, classificando como “terapia de conversão”.
De acordo com o Christian Today, a Igreja da Escócia expressou seu apoio geral aos planos para proibir a terapia de conversão na Escócia, embora tenha destacado algumas preocupações e pontos a serem considerados antes de oferecer um apoio irrestrito.
O governo escocês delineou sua intenção de proteger as pessoas dos danos potenciais das práticas de conversão, propondo penas de até sete anos de prisão, multas de até £10.000, ou ambas, para quem conduzir tais práticas com a intenção de alterar ou suprimir a orientação sexual ou identidade de gênero de uma pessoa.
Ao contribuir para a consulta do governo escocês, a Igreja da Escócia expressou seu amplo apoio às propostas, mas ressaltou a necessidade de mais detalhes na legislação final. Em particular, destacou a importância de cenários exemplares para esclarecer como a lei será aplicada.
A Igreja também levantou questões sobre o consentimento e o papel que ele desempenha em tais práticas, especialmente em casos em que indivíduos buscam apoio pastoral ou oração para lidar com seus conflitos internos relacionados à sexualidade.
Essas preocupações refletem uma discussão mais ampla sobre o impacto potencial das propostas sobre a liberdade religiosa e os direitos dos pais. Enquanto a Igreja da Escócia endossou anteriormente a definição de terapia de conversão como antiética e prejudicial, outros grupos religiosos, como a Aliança Evangélica e a Igreja Católica, expressaram preocupações sobre a amplitude das propostas e seu impacto nas atividades religiosas e familiares.
A Aliança Evangélica classificou as propostas como problemáticas, enfatizando que poderiam levar à criminalização de atividades religiosas legítimas, como oração e aconselhamento pastoral. Da mesma forma, a Alliance Defending Freedom UK (ADF) alertou para o risco de criminalização de pais que expressam objeções às decisões de seus filhos sobre identidade de gênero.
A Igreja Católica instou o governo escocês a garantir que a legislação não criminalize práticas pastorais tradicionais ou intervenções médicas e profissionais relacionadas à orientação sexual. Destacou a importância da clareza na definição de “práticas de conversão” para evitar efeitos inibidores e proteger a liberdade de expressão e religião.
Em última análise, o debate sobre a proibição da terapia de conversão na Escócia reflete uma complexa interação entre proteção de direitos individuais, liberdade religiosa e proteção contra danos potenciais.
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