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No México, famílias ficam sem água por serem cristãs
Autoridades estão usando táticas de extorsão, como cortar o fornecimento de água.
15/04/2024 09h37
Por: Redação
Cristãos protestantes no México (Reprodução/Portas Abertas)

Desde o início deste ano, três famílias da comunidade de Valle Esperanza, no município indígena de Oaxaca, no México, têm enfrentado uma série de dificuldades, incluindo discriminação, ameaças de despejo e até mesmo violência física.

Recentemente, a situação se agravou quando as autoridades locais cortaram o fornecimento de água às residências dessas famílias. Segundo relatos da Portas Abertas, ao visitar a casa de Carlos Velázquez (nome fictício por razões de segurança), as autoridades afirmaram: “Não queremos mais vocês aqui”, sugerindo que procurassem outra comunidade para viver.

Essa hostilidade contra Carlos e sua família é atribuída à sua fé cristã. Apesar de ter sido criado na fé cristã, Carlos só se comprometeu com o cristianismo em 2020, o que desencadeou uma série de ataques e discriminação por parte da comunidade local.

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A intolerância religiosa tornou-se evidente, especialmente porque muitos na comunidade se recusam a participar das celebrações religiosas tradicionais, que Carlos considera em desacordo com os ensinamentos bíblicos.

Para manter a paz, Carlos fez um acordo com as autoridades locais em 2023, concordando em contribuir financeiramente mensalmente. No entanto, no início de 2024, as autoridades quebraram o acordo, usando táticas de extorsão, como cortar o fornecimento de água, para forçá-lo a dar mais dinheiro. A recusa de Carlos resultou em sua prisão injusta.

Apesar de ser posteriormente liberado devido à intervenção de líderes municipais que provaram as falsas acusações contra ele, as represálias contra Carlos e sua família continuaram.

Carlos destaca a importância de defender seus direitos e permanecer firme diante das adversidades, não apenas para proteger sua própria família, mas também para evitar que casos semelhantes ocorram em outras comunidades e afetem mais cristãos. Em uma comunidade composta por cerca de 60 pessoas, sendo a minoria cristã, a luta de Carlos por justiça e liberdade religiosa é uma questão que vai além dos limites de sua própria família.