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Opositor de Maduro, Williams Dávila, é hospitalizado em estado grave
A organização Defiende Venezuela comunicou na quinta-feira 8, que Dávila foi “levado à força” durante uma vigília pela libertação de presos políticos em Caracas.
15/08/2024 10h46
Por: Redação

O deputado venezuelano Williams Dávila, conhecido opositor do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, foi hospitalizado em estado grave, conforme informou seu filho nesta quarta-feira, 14, relata o Poder360. Na semana passada, Dávila foi detido por apoiadores de Maduro durante uma manifestação.

“Ele foi internado com muita febre, uma desidratação profunda e uma infecção urinária severa, que evoluiu para uma prostatite aguda com risco de septicemia”, relatou William Dávila Valeri em uma postagem no Twitter/X.

Sem visitas da família
Segundo Valeri, seu pai está no Hospital das Clínicas de Caracas, sob custódia do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin). Ele ainda não pôde receber visitas da família.

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A organização Defiende Venezuela comunicou na quinta-feira 8, que Dávila foi “levado à força” durante uma vigília pela libertação de presos políticos em Caracas.

Segundo a Defiende Venezuela, Dávila tem uma medida cautelar por ter passado por uma cirurgia de substituição valvular aórtica em novembro. Ele possui dois stents e precisa de medicamentos essenciais que não podem ser interrompidos, informou a organização.

Em 28 de julho, relata a AFP, mais de 2.400 pessoas haviam sido presas em protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro, em pleito realizado naquele dia. A eleição foi marcada por fraude e condenada pela comunidade internacional.

Nem a prisão do líder, nem os crimes pelos quais o opositor detido é acusado foram explicados pelas autoridades. O pedido da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para o Estado venezuelano é que este “adote as medidas necessárias para garantir a vida, a integridade pessoal e a saúde” de Dávila.

A oposição, liderada pela ex-deputada María Corina Machado, reivindica a vitória do seu candidato, Edmundo González Urrutia, e garante ter evidências da fraude eleitoral.

Já a ditadura de Maduro afirma que os opositores querem provocar um “golpe de Estado” e pede a prisão dos envolvidos. O Ministério Público abriu uma investigação criminal contra Maria Corina e Edmundo González.