Kleber Lucas é homenageado por Lula com maior honraria cultural do Brasil

O pastor evangélico e cantor gospel Kleber Lucas foi homenageado com uma das mais altas condecorações da cultura brasileira. Ele recebeu, nesta terça-feira (20/5), o título de comendador durante a cerimônia oficial da Ordem do Mérito Cultural (OMC), realizada no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Cultura Margareth Menezes, e marcou a retomada da honraria que não era concedida desde 2019.

Kleber foi um dos 111 nomes reconhecidos este ano, ao lado de outras personalidades e 14 instituições. O título de comendador é atribuído a indivíduos que se destacaram por suas contribuições à cultura, à sociedade ou à justiça brasileira, ou ainda por mérito individual notório.

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A honraria concedida a Kleber Lucas não é apenas um reconhecimento artístico, mas também uma valorização de sua atuação como agente cultural, líder religioso e ativista social. Com carreira consolidada na música gospel, o pastor já lançou diversos álbuns de sucesso e é o autor de canções marcantes do repertório evangélico brasileiro, como “Meu Alvo”, “Aos Pés da Cruz” e “Deus Cuida de Mim”.

Em 2022, Kleber emocionou o público ao lançar uma regravação da música “Deus Cuida de Mim” em parceria com o cantor Caetano Veloso. A colaboração inusitada nasceu durante a campanha do então candidato Lula, como relatou o próprio pastor em entrevista à Veja. “Eu e o Caetano nos aproximamos durante a campanha do presidente Lula. Certo dia, na casa dele, comecei a tocar essa música no violão e ele ficou curioso. Aprendeu a cantá-la e foi algo muito bonito”, contou.

Kleber Lucas também é conhecido por seu envolvimento em causas sociais, com destaque para a luta contra o racismo e a promoção do diálogo inter-religioso. Ele é mestre e doutorando em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e tem defendido pautas progressistas dentro e fora dos púlpitos, o que frequentemente o coloca no centro de debates acalorados no meio evangélico.

Sua postura aberta a debates e sua presença em espaços ecumênicos nem sempre foram bem recebidas por setores mais conservadores. Ainda assim, sua contribuição para ampliar o alcance da fé cristã em diálogo com outras expressões culturais foi fundamental para que recebesse o título concedido pelo governo federal.