Aos 51 anos de idade, o Apóstolo Sebastião Tertuliano Filho, advogado, natural de Pombal-PB, é o presidente da Igreja Evangélica Esperança, no Estado do Tocantins, e também presidente da OMEP, Ordem dos Ministros Evangélicos de Palmas, compromisso selado no início de 2023, numa missão considerada complexa, diante dos muitos desafios apresentados a quem está à frente de uma instituição que alberga igrejas de diferentes ministérios, responsável por uma pauta comum e de interesse de cerca de 100 mil evangélicos na capital (estes números são apenas estimativas), mas que em poucos dias de mandato, tem apresentado, juntamente com sua diretoria, propostas que demonstram promover um real avanço para os próximos anos, ao segmento evangélico em Palmas.
Entrevistado pelo site Pauta Gospel, Sebastião Tertuliano demonstra que o compromisso assumido de presidir a OMEP, possibilitará uma nova fase de crescimento e unidade aos evangélicos palmenses.
O senhor assumiu há pouco tempo a presidência da Ordem de Ministros Evangélicos de Palmas, OMEP, diante do desafio de sanar alguns problemas e a reorganização estrutural institucional. Qual será o diferencial da sua gestão?
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Prestes a completar 28 anos desde que foi fundada em 08 de novembro de 1995, pelo pastor Amarildo Martins, AD Nação Madureira, a OMEP tem buscado ser participante de uma sociedade livre, justa e solidaria com base na Constituição Federal de 1998 Art.3º, com o escopo de sempre estar buscando ser porta voz de uma definição teológica bíblica da missão integral da igreja de Jesus Cristo na terra, tem trabalhado para desenvolver relação de unidade entre os cristão de forma geral, independente de denominação. A OMEP entende que somos todos o corpo de Cristo composto de várias igrejas com costumes e dogmas diferentes.
É importante para a melhoria da instituição, servir e dar suporte aos ministros a ela filiados, sendo uma casa de misericórdia a fim de promover o Reino de Deus, e com a ajuda das igrejas, difundir o Evangelho de Jesus Cristo e alcançar todas as classes sociais.
A OMEP deseja cooperar com o poder público Estadual, Municipal e Federal participando na construção de uma sociedade mais justa, solidária e temente a Deus. Precisamos também nos blindar um pouco mais da ingerência político-partidária, especialmente em época de eleições. Esta é a minha avaliação.
Em sua opinião, o papel dos conselhos e ordens de ministros não deveria tratar de questões que vão além da comunhão, exercendo um protagonismo em decisões de impacto direto na sociedade, por exemplo, marcar presença em conselhos de políticas públicas?
SIM. Em minha opinião, a OMEP deveria participar ativamente dos conselhos de políticas sociais do município e estado. Digo isso pela importância, por exemplo, do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), que é o órgão que reúne representantes do governo e da sociedade civil para discutir, estabelecer normas e fiscalizar a prestação de serviços socioassistenciais estatais e não estatais no Município. Sem dizer que estes conselhos estão vinculados ao órgão gestor da assistência social, que deve prover infraestrutura garantindo recursos materiais, humanos e financeiros, conforme estabelece a lei.
O nosso intento, como presidente desta ordem, é exercer um protagonismo em decisões de impacto direto na sociedade, sendo importante que tenhamos representantes da OMEP que desenvolvam ações ligadas às políticas sociais e econômicas, como assistência social; saúde; educação; trabalho e emprego; finanças; planejamento. Portanto, convém que a OMEP esteja inserida nos conselhos municipais e que tenha uma atuação articulada com os demais conselhos de políticas públicas e os de defesa e garantia de direitos existentes nos municípios, tais como Educação, Saúde e Direitos das Crianças e Adolescentes e do Idoso, Cultura... Uma vez que entre as diferentes políticas públicas há situações que exigem ações intercessoras e participativas dos evangélicos.
A Marcha para Jesus, que será realizada em maio deste ano, é o evento mais tradicional realizado em muitas cidades brasileiras. Em Palmas, já foram realizadas mais de 20 edições, quase sempre organizadas por pessoas não ligadas à OMEP; em sua opinião, não seria este um bom momento da instituição que o senhor preside ter um maior controle de um evento que alberga as igrejas evangélicas de capital?
Discordo quando questiona que ordem tenha se omitido em relação a este evento! A OMEP tem o direito à precedência do título Marcha Para Jesus Palmas, tendo em vista que desde a sua fundação, realizou a primeira edição da marcha na capital, e desde então tem organizado com a participação da maioria das igrejas evangélicas filiadas, tendo inclusive a participação de maior parte de evangélicos de nossa cidade. Sendo assim, a OMEP tem assumido a responsabilidade de realizar a Marcha Para Jesus Palmas.
Convém ressaltar que a cada ano as ações são desenvolvidas em conjunto com as denominações que tem participação na organização e execução do evento de acordo com o Plano de Trabalho, agendado a cada ano. No entanto, por uma ou duas vezes a marcha foi realizada por alguém que não estava ligada à OMEP, mas mesmo assim, algum representante da instituição sempre esteve inserido nas programações.
Muitos evitam ou evitavam falar sobre política "dentro" das igrejas, mas as últimas eleições mostraram que assuntos como: aborto, ideologia de gênero e toda uma agenda progressista são temas presentes na atualidade; como a igreja deveria lidar com estas questões e qual direcionamento a Omep adotará pra combater esta pauta dentro das igrejas?
Existe um texto atribuído a Bertolt Brecht (dramaturgo e poeta alemão) onde há uma reflexão sobre o analfabeto político. Segundo Brecht: “o Analfabeto político não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.”
“O analfabeto político é tão mal informado, que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe ele que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo”. Bertolt Brecht.
As igrejas precisam falar de política, debater, aconselhar, procurar conhecer os candidatos, escolher seus representantes com sabedoria, estas últimas eleições deixaram claro que precisamos sim dar importância a esta temática, precisamos exercer a nossa cidadania plena e com ética, pois o analfabeto político que diz ser neutro e abominar a política, nega-se a participar dos acontecimentos políticos. Ele não lê, não analisa o que ouve e assimila como verdade. Fala e repete o que ouviu, sem questionar, vítima fácil de “fake News” e divulga nas redes sociais. O analfabeto político é facilmente manipulável, interpretando os fatos com a ingenuidade, pois não sabe quem o manipula.
Atualmente, quais são os números relacionados aos evangélicos em Palmas; quantos somos? Quantidade de templos e organizações?
Ainda estamos organizando e atualizando estes dados.
Diretoria da OMEP eleita para o biênio 2023/2024
Presidente: Apóstolo Sebastião Tertuliano Filho;
1º Vice-presidente: Bispo Emanoel De Jesus Mendes;
2º Vice-Presidente: Pastor Robson Corrêa;
1º Tesoureiro: Bispo Daniel Victor Noronha Silva;
2º Tesoureiro: Apóstola Edna Nascimento;
1º Secretario: Pastor João Abrantes Sobrinho;
2º Secretario: Apóstolo Ronaldo Souto Dos Santos.
Conselho Fiscal Efetivo:
Pastor Carlos Roberto Lopes Junior;
Bispo Brand Rodrigues Cardoso;
Missionário Carlos Roberto Lopes.
Suplentes do Conselho Fiscal:
Pastor João Maria Dalsasso;
Bispo Wesley Rodrigues Silva;
Apóstolo Reginaldo De Sousa Do Nascimento.