Esse preconceito relacionado a etnias é repudiado por diferentes setores da sociedade, em especial pelos cristãos que possuem o conhecimento do Evangelho, cujo ensino é claro ao dizer que não há diferença entre os filhos de Deus.
Porém, assim como ocorre com outros problemas sociais, este também tem sido instrumentalizado para apregoar um tipo de narrativa que enxerga discriminação em quase tudo.
Um exemplo recente disso envolve a figura do cantor Kleber Lucas, que durante uma conversa com Caetano Veloso criticou o hino Alvo Mais que a Neve, um dos maiores clássicos da Harpa Cristã.
O coro da canção fala da transformação espiritual do pecador mediante o sacrifício de Jesus Cristo na cruz, onde o seu sangue foi derramado. Neste sentido, o hino diz que uma vez lavado por ele, “alvo mais que a neve serei”, numa óbvia referência à purificação.
Para Kleber Lucas, no entanto, a música possui uma conotação racista e não espiritual. “Tem um hino que fala o seguinte: ‘Alvo mais que a neve’. Se você aceitar Jesus, você vai ficar branco como a neve. Isso é cantado por brancos e negros com lágrimas”, disse o cantor para Caetano.
O cantor foi além, alegando que a canção cristã teria um discurso “nefasto e de dominação”, como se o autor da canção tivesse quisto se referir à cor da pele e à história social da humanidade, em vez da condição humana de impureza devido ao pecado.
“Porque o sangue de Jesus me torna branco. As ideias de embranquecimento estão lá no hino”, destacou Kleber Lucas.
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