Maior programa de primeiro emprego no Norte do Brasil, o programa já contratou 2365 mil jovens nos 139 municípios. Desses, 1560 são mulheres. O objetivo é inserir 3 mil adolescentes no mercado de trabalho, em situação de vulnerabilidade social, com idade entre 16 e 21 anos, residentes nos 139 municípios tocantinenses. O Programa é uma iniciativa do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas). A Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi) é a empresa contratada para a execução.
Financiado com recurso do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep-TO), o processo de contratação dos jovens teve início em 5 de junho de 2023. Em todo o Estado já são mais de 2 mil jovens incluídos no mercado de trabalho, graças à parceria entre Governo do Tocantins e os órgãos públicos estaduais e municipais. E as mulheres se destacam nesse processo, ocupando cerca de 66% das vagas disponibilizadas até agora.
Soraia Rhávila, natural de Augustinópolis, 18 anos, estudante do Centro de Ensino Médio de Taquaralto, é uma delas. Começou sua qualificação na Renapsi no dia 19 de setembro de 2023 e, logo após os dez dias de integração, foi contratada pela Defensoria Pública do Estado.
“Inicialmente foi um pouco difícil minha adaptação ao local de trabalho, mas comecei a interagir bastante com o pessoal, conhecer mais o órgão e ficou bem melhor de trabalhar, pois a Defensoria Pública acolhe super bem, e as pessoas te ensinam o que você precisa para desenvolver o bom trabalho”, explica Soraia.
A jovem trabalhadora afirma que sua experiência na Defensoria Pública do Estado a faz acreditar no seu crescimento profissional, “pois aprendi muito e eles te entregam o que você precisa para construir o próprio futuro”.
Sobre o sentimento de trabalhar em um órgão público que tem como uma das suas principais missões a proteção à mulher. “A Defensoria é esse lugar de acolhimento e proteção. Tem psicólogo, professores e doutores que estão lá para ajudar”, esclarece.
Já Tacylla Amanda, natural de Palmas, 16 anos e estudante do Colégio Frederico Pedreira, foi selecionada para trabalhar no Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). Segundo ela, as mulheres enfrentam muitas barreiras no mercado de trabalho. Designada para trabalhar no atendimento ao público, ela se sente agraciada, “pois o que mais gosto é atender as pessoas educadas, que nos tratam bem. Dá prazer atender essas pessoas. Elas nos estimulam a trabalhar mais e com prazer”.
Tácylla Amanda reconhece que é preciso ter muito foco e vontade de crescer na vida, porque é muito cansativo trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Mas segundo ela vale a pena. “A gente está sempre dependo dos pais e, a partir de nossa renda própria, passamos a ter maior independência financeira”, conclui.
O secretário da Setas, Jonis Calaça, considera que o protagonismo das mulheres no Programa Jovem Trabalhador é resultado da consciência que elas têm de sua importância para o mercado de trabalho e da necessidade de ocuparem as oportunidades que lhes são oferecidas. “O Governo do Tocantins trabalha a favor da maior participação das mulheres no mercado de trabalho e ficamos felizes ao comprovar que as jovens tocantinenses estão buscando sua evolução profissional através do Programa Jovem Trabalhador”, pontua o secretário.
Sobre o Programa
O Jovem Trabalhador é um programa de aprendizagem e, portanto, envolve tanto atividades teóricas como práticas, e busca oportunizar qualificação profissional a adolescentes e jovens para o primeiro emprego formal remunerado, garantindo o direito à educação e ao trabalho, em conformidade com a Consolidação das Leis Trabalhistas, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei da Aprendizagem (Lei nº 10.097/2000).
Os jovens assinarão um contrato de trabalho formal, que pode ter duração de até 24 meses e, além do salário mínimo de hora trabalhada, receberão uniforme, crachá, vale-transporte (quando houver necessidade), 13° salário, seguro de vida, férias e atendimento psicossocial e psicopedagógico.
O público-alvo do programa engloba jovens em situação de risco social ou pessoal por situação de trabalho infantil, medida socioeducativa, acolhimento institucional e/ou deficiência, entre 16 e 21 anos. Considerando as particularidades do Estado, estão incluídos como prioridades na contratação jovens indígenas, quilombolas, ribeirinhos e da zona rural.
Seleção
As vagas continuam abertas e para se inscrever no programa é preciso acessar o site jovemtrabalhadorto.org.br e preencher a inscrição. Podem participar jovens com idades entre 16 e 21 anos, que já concluíram ou estão cursando o Ensino Médio em escola pública ou que são bolsistas integrais em instituições particulares, regra que também se aplica em caso de o jovem ser estudante universitário.
A renda familiar do candidato deve ser de até dois salários-mínimos nacional ou meio salário-mínimo per capita. Além disso, a família deve estar preferencialmente inscrita em programas sociais do Governo. O Programa disponibiliza cotas de 5% a 10% para Pessoas com Deficiência (PCD), sem exigência de idade máxima de 21 anos. O Programa atende também, por meio de cotas, jovens do sistema socioeducativo e prioriza a contratação de jovens ribeirinhos, indígenas e quilombolas.
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