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Política Destaque parlamentar

Eli Borges fala sobre o peso da atual Brasília

O maior desafio que Deus já me proporcionou, o de ajudar a cuidar da criação das leis brasileiras.

11/03/2023 17h55 Atualizada há 2 anos
Por: Redação Fonte: Por: Frazão Araújo
Deputado federal Eli Borges em sessão na Câmara Federal
Deputado federal Eli Borges em sessão na Câmara Federal

 

O Brasil democrático é construído a partir do princípio constitucional: o poder emana do povo e deve ser exercido também em benefício do povo. O povo elege seus representantes, e estes representantes eleitos elegem os poderes constituídos da nação.

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Dentro deste viés do atual cenário do qual está acontecendo no Brasil, a constatação é de que estamos precisando de mais soldados; sim, precisamos aumentar o número daqueles que realmente nos representam!

Crescemos 12% como bancada evangélica federal em 2022, mas a cada quatro anos, sejam nas eleições municipais ou estaduais e nacionais, temos a oportunidade de aumentar esta representação, para então garantirmos a nossa liberdade religiosa, contrapor as pautas progressistas, que ousam atacar nós cristãos, lutar pela defesa da vida, família e da nossa liberdade.

No seu segundo mandato como deputado federal, o também pastor Eli Borges demonstra que sabe muito bem da responsabilidade de liderar a frente parlamentar evangélica: “o maior desafio de minha vida!”, declara Eli.

Em poucos minutos de conversa, Eli Borges, 62 anos, não parava de atender o seu celular, sempre conversando sobre Brasília, articulações e sobre projetos de lei da ala progressista na câmara federal: “Em Brasília, percebemos algumas movimentações atípicas, em que pequenos partidos, com pequena expressão dentro do parlamento, entram com uma ação no STF, de repente esta ação se torna uma decisão e depois vira jurisprudência. Isto não tem sido bom para o ordenamento jurídico brasileiro.”

 

"A frente parlamentar evangélica poderá sim fazer tratativas com o supremo, com a presidência da república, porém, sem amenizar as suas pautas."

 

Como o senhor avalia os seus primeiros dias como líder da frente parlamentar evangélica na câmara federal?

O maior desafio que Deus já me proporcionou, o de ajudar a cuidar da criação das leis brasileiras, num tempo de guerra e ameaças constantes como nunca tivemos no histórico cristão do Brasil.

A responsabilidade de representar cerca de 140 deputados federais, de todos os estados da nossa federação tem sido pautada no temor a Deus acima de tudo!

Em entrevista ao Blog do Noblat, o senhor haveria mencionado que a bancada evangélica estaria se aproximando do governo Lula; quais seriam os moldes desta aproximação?

Na verdade houve um jogo de palavras e distorções contra a minha pessoa!

A minha entrevista em questão, na verdade, foi concedida à Folha de São Paulo.

Bem, o que eu disse foi que a frente parlamentar evangélica tem as suas pautas e não as amenizará, e não iremos coloca-las no balcão de negociação do poder, como muito se faz em Brasília.

A frente parlamentar evangélica poderá sim fazer tratativas com o supremo, com a presidência da república, porém, sem amenizar as suas pautas, com a participação institucional e coletiva de toda nossa diretoria.

Não estamos propondo aproximação alguma, apenas agindo como representantes do povo de Deus no congresso. Como frente parlamentar, temos o dever de transitar em Brasília, mas sem perder os valores de nossas pautas e nossas essências!  

E a CPMI do 08 de janeiro?

Ficou claro de que quem tem o interesse e de quem não tem de uma CPMI do 08 de janeiro.

Ficaram falando que os “bolsonaristas”  teriam medo, mas na verdade não temos, assinamos pela CPMI! Quem não deve, não teme!

Porém, o governo federal está tentando esvaziá-la. Não posso afirmar, mas alguns noticiários estão informando de uma movimentação do executivo, oferecendo 60 milhões em emendas e cargos no segundo escalão, para o parlamentar que retirar a sua assinatura.

Ora, se o governo federal afirma que os atos nos três poderes foram organizados pelos conservadores, por que então temer uma CPMI e comprovar os fatos?

Assinei a CPMI porque entendo que esta comissão irá revelar muita coisa e vai provar que o viés de centro direita do Brasil está cumprindo o seu papel, o de consolidar a democracia brasileira.

Não tememos os resultados de uma CPMI do 08 de janeiro!

O senhor acredita que num futuro próximo o Brasil voltará a respirar uma harmonia entre os poderes da república?

O Brasil está dividido, mas acredito na providência divina!

Temos o infortúnio de que quem governa o Brasil atualmente, veio com muito ódio, e isto reflete claramente nas suas decisões.

Ao contrário de cumprir a missão de unir o país, está demonstrando outras intenções através de seus feitos em Brasília.

Muitos detentores do poder estão tomando decisões contrárias à tão sonhada harmonia, gerando mais ódio na nação; Isto é lamentável!

Temos pessoas que perderam o seu direito de voz; pessoas que foram e estão sendo presas sem direito à defesa, garantidos pela nossa constituição; invasões da propriedade privada acontecendo de forma acelerada... e isto não tem sido saudável para a nossa sociedade.

Acreditamos que o senado é o poder mais importante no quesito de contrapor algumas decisões do supremo e de algumas ações da presidência da república. Entretanto, a fotografia que estamos vendo nos assusta!

Quando um governo consegue levar para o comando da casa dos senadores, uma maioria de parlamentares ligados e fiéis a ele, deve-se ligar o sinal de alerta. O tão almejado contrapeso (senado),  está comprometido neste momento, e poderá não dar bons resultados para a nossa nação.

Que Deus abençoe o nosso Brasil.

 

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