O cantor gospel Kleber Lucas mais uma vez está no centro de uma polêmica. Desta vez, o pastor da Batista Soul disse que a igreja ser contra o Carnaval soa como racismo.
Segundo o cantor, é uma festa com influência direta das religiões e culturas de matriz africana.
“O preconceito fundamentalista contra essa festa ressoa uma prática de racismo”, disse.
Kleber escreveu um artigo para o blog Observatório Evangélico onde comentou sobre as declarações do pastor Teofilo Hayashi sobre a participação da cantora Priscilla Alcantara no Carnaval deste ano.
O cantor afirmou que Teofilo Hayashi fez o video na intenção de conseguir fama em cima da ex-cantora gospel.
“Contudo, o fato de a crítica do referido pastor ter contemplado a opinião de tantos outros, que não tardaram em ecoar a denúncia de apostásia contra Priscilla, leva-nos a situar a polêmica num patamar mais amplo. Nesse movimento, verificamos que os afetos políticos e o racismo estrutural também explicam o Repúdio à cantora”, afirmou o pastor Kleber.
“Como se celebrar só fosse legítimo nos marcos da fé. Então, quando uma cantora, já conhecida e adorada pela juventude evangélica, realiza um movimento de celebração na direção da cultura secular, esse tipo de conduta tende a chocar muitos religiosos”, completou.
Kleber continua dizendo que o gesto de Priscilla “é contrário aos princípios de uma igreja que se contrapõe ao carnaval, incentivando o afastamento da juventude em retiros espirituais. Sua celebração foge do dogma defendido por muitas igrejas e por isso é suscetível de chocar”, explicou.
Segundo o cantor gospel, o posicionamento da cantora a favor de bandeiras como LGBTQIA+ são “incompatíveis com o projeto do governo derrotado nas urnas”, e por causa disso, vem despertando a fúria dos evangélicos.
“Nesse sentido, o grande problema não é uma evangélica ter cantando no carnaval da Bahia, mas o fato de ela não defender o projeto de governo derrotado”, afirmou.
O cantor continua: “No meio evangélico mais conservador ainda existe um descontentamento exacerbado com o resultado das eleições. Cantores e artistas evangélicos que se recusam a compactuar com o bolsonarismo tendem a intensificar nos evangélicos conservadores o sentimento de mágoa. Estes, por sua vez, começam a procurar qualquer motivo para justificar e destilar seu ódio e intolerância, como foi o caso dos ataques contra Priscilla”.
“A crítica à Priscilla Alcantara pode ter sido uma estratégia de autopromoção por parte de seus detratores, e certamente a aceitação dessa critica por parte de muitos evangélicos acusa uma intolerância de natureza politica. Nada disso exclui, porém, a ingerência do racismo estrutural nessa critica”, finalizou o pastor.
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