A igreja Assembleia de Deus no Piauí está enfrentando uma crise sem precedentes, e muitos fiéis têm questionado o pastor Besaleel Ferreira, presidente da CEADEP – CONVENÇÃO DAS IGREJAS EVANGÉLICAS ASSEMBLEIAS DE DEUS DO PIAUÍ – pelo afastamento do pastor Carlos Alberto Costa de Sousa de suas funções de presidente da igreja em Picos, a pouco mais de 300 km da capital Teresina.
Acusado de ser pai do filho de uma fiel, o pastor foi denunciado pelo suposto marido traído, que contou à diretoria da igreja, apresentando vídeos e detalhes dos supostos encontros que Carlos Alberto teria mantido durante anos com sua esposa.
Para apurar as denúncias, a CEADEP afastou Carlos Alberto e abriu um Processo Administrativo Disciplinar para investigar até que ponto a denúncia é verdadeira.
No entanto, o estatuto da convenção, no seu art. 16, §6º, garante a ele o recebimento de sua prebenda no curso do processo, de modo a não lhe causar qualquer tipo de prejuízo.
Por isso, mesmo afastado, o pastor Carlos Alberto continua recebendo seu salário normalmente. O pastor recebe da igreja um salário mensal de 30 salários mínimos.
Em dezembro, mês em que o Processo Administrativo foi instaurado e o pastor afastado, Carlos Alberto recebeu:
a) 13ª prebenda do ano de 2021, correspondente a R$ 27.500,00 (vinte e sete mil e quinhentos reais);
b) 13ª prebenda do ano de 2022, correspondente a R$ 30.300,00 (trinta mil e trezentos reais);
c) prebenda de dezembro de 2022, correspondente a R$ 30.300,00 (trinta mil e trezentos reais).
Portanto, mesmo sem estar trabalhando efetivamente, só em dezembro ele recebeu R$ 88.100,00 (oitenta e oito mil e cem reais).
Além disso, o salário de 30 salários mínimos mensais continua sendo pago religiosamente, e devido ao aumento do salário mínimo, Carlos Alberto recebe mensalmente cerca de R$ 39 mil.
Em resumo, desde que foi afastado em dezembro, o pastor recebeu um valor superior a R$ 150 mil e continuará recebendo até o julgamento do Processo Administrativo Disciplinar, que não tem data para acontecer.