Neste último domingo, (11), Erika Hilton uma deputada trans do PSOL- SP, ao participar de um dos momentos da Parada LGBT em São Paulo, deixou claro que as pessoas da comunidade LGBTQ+ devem ocupar lugares importantes.
E ainda, em sua fala expôs que pessoas trans, como ela, lutem para se tornarem até presidentes do Brasil.
Não há nada de errado nessa afirmação. Na verdade, o que causa estranheza é a vontade de impor uma ideologia que nem todos aceitam. Todos temos direito de manifestar nossos pensamentos, assim como ter acesso a uma vida digna.
Contudo, obrigar alguém a aceitar um pensamento a qualquer custo parece um surto ou uma loucura.
– Sonhar é um direito, sonhar é um privilégio, pra isso ocuparemos a educação, a universidade, as escolas, a política, e preparemos este Brasil que é LGBTfóbico para que ele tenha, sim, uma presidenta [sic] travesti, indígena, negra – declarou.
Na verdade, a educação, universidades, política e escolas já estão dominadas. Quando uma opinião contrária soa nesses lugares, geralmente a pessoa é perseguida ou presa.
As seguintes expressões quase não podem ser usadas hoje em dia: "Sou contra", "Eu penso diferente", etc.
Os debates inseridos em ideologias violentas nunca podem ser terminados quando se tem uma conversa, porque sempre o violento ganha.
Percebe-se que no extremismo a insistência de submeter o outro ao que "eu acho certo" está deixando as pessoas "sem inteligência". Acredite ou não, não há espaço para discordância em ideologias que criam vitimas e logo após atacam mencionando que quem tem opiniões contrárias deve ser preso.
Outra fala polêmica do seu discurso foi sobre declarar que o Brasil é de minorias:
– O Brasil é preto, é viado, é sapatão, é bissexual. O Brasil é nosso!
Ao afirmar que as minorias são apenas: pretos, viados, sapatões e bissexuais, ela está excluindo uma grande parcela das minorias.
A inclusão não se resume a isso. Muitos grupos estão desassistidos no Brasil, inclusive minorias que talvez sejam maioria. Pessoas que são apenas estatísticas do IBGE, que nem frequentam escolas, pessoas que sofrem preconceitos por serem diferentes, crianças de rua, pessoas que vivem na miséria, e assim por diante.
Penso que, já que a Parada é tão simbólica e importante, nada é mais relevante do que lutar por direitos. Todos, sem exceção, têm direito à dignidade, o que significa saúde, educação, segurança e, enfim, ter direitos como um ser humano normal.
Fica a questão: "ocupar esses lugares" para quê? Para propagar preconceitos e coagir as pessoas a aceitar em silêncio que essa ideologia venceu?
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Thais Oliveira com informações do site Pleno News