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Opinião Artigo

Dar um gelo?

Dar um gelo inclui ações como deixar de falar com alguém, não levar em consideração o que o outro diz ou fingir que não escutou a pessoa

03/05/2023 14h53
Por: Redação
Wereque Trajano é pastor, economista, consultor em políticas públicas, financeiro e empresarial.
Wereque Trajano é pastor, economista, consultor em políticas públicas, financeiro e empresarial.

É chamado de dar um gelo aquele conjunto de comportamentos que tem como objetivo ignorar o outro. Pode acontecer em qualquer tipo de relação: casal, amigos, pais e filhos, igreja, etc.

É uma expressão de violência passiva, e também um mecanismo de abuso psicológico disfarçado. Isso quer dizer que machuca profundamente a pessoa que recebe o GELO. O agressor tende a utilizar-se dessa violência para manter-se no controle, pondera Ilíada Alves, preceptora da Residência em Psiquiatria do Hospital das Clínicas. 

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Dar um gelo inclui ações como deixar de falar com alguém, não levar em consideração o que o outro diz ou fingir que não escutou a pessoa; distanciar-se e evitar a companhia de determinada pessoa, como se ela estivesse contaminada por algo; ignorar os pedidos ou as necessidades, formar grupos de pessoas que tenha como objetivo anular alguém ou tornar alguém invisível, tratando a vítima com indiferença. O agressor, utiliza o que é precioso para a vítima como forma de depreciá-la.

Esse tipo de agressão, para alguns especialistas é bastante nocivo podendo provocar, estresse, ansiedade, depressão, automutilação e até ideação suicida. É uma dor intensa.

Ainda em muitos casos, a vítima, pode recorrer a pratica de ingestão de alimentos de forma descontrolado ou aumentando o consumo de bens desnecessário, isso pode provocar o desequilíbrio do orçamento familiar. 

A vítima desse tipo de comportamento também costuma sentir muita angústia. Acaba não entendendo o que está fazendo de errado ou por que exatamente é tratada dessa maneira. Por isso é considerada uma forma de abuso na qual não há gritos nem tapas, mas muita violência psicológica. Para a especialista em comunicação familiar, Christine Rittenour, essa tática provavelmente vai gerar mais frustração do que algumas mudanças. Mesmo que a pessoa entenda o que fez de errado, o tratamento do silêncio não consegue resolver os verdadeiros problemas do relacionamento e, em muitas vezes, gera mais conflitos emocionais.

Se você se sentir desconfortável ou notar que alguém está te dando um gelo, é importante buscar ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, para ajudá-lo a lidar com os efeitos emocionais desse comportamento.

Cuidado! Não podemos deixar esse sentimento fazer parte da igreja, Deus condena esse tipo de tratamento quando diz em Tiago 2.1 “Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.”

A própria Bíblia relaciona diretamente o amor à ação, a nos compadecermos, ou seja, a nós nos importarmos. Em 1 João 3:17-18, está escrito: “Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade”.

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