A Justiça brasileira arquivou definitivamente o processo que investigava o bispo Samuel Ferreira, líder da Assembleia de Deus do Brás (AD Brás), após mais de uma década de apurações. O encerramento do caso representa o fim de um dos episódios mais longos e controversos envolvendo um líder religioso no país, marcado por delações contraditórias, acusações sem provas e alegações de perseguição política.
A decisão da Justiça reconhece que não havia qualquer indício de crime ou participação do religioso em atos ilícitos. Durante os últimos anos, o bispo foi alvo de uma intensa exposição pública e investigado em diferentes instâncias, com o processo sendo transferido entre vários foros. Segundo a defesa, tudo teria começado com uma delação marcada por interesses obscuros e inconsistências graves.
Acusação sem provas e clima de perseguição
A acusação que pesava contra o bispo Samuel Ferreira foi baseada em uma delação premiada de um ex-investigado, que alegava a existência de um suposto esquema de lavagem de dinheiro. No entanto, ao longo dos anos, a investigação não encontrou evidências concretas que sustentassem a denúncia.
A defesa do bispo sempre afirmou que o processo se tratava de uma tentativa de destruição de reputações e, que o caso foi impulsionado por “uma sanha persecutória” alimentada por interesses políticos, que teria ignorado princípios básicos do Estado de Direito.
Ainda de acordo com a defesa, o responsável por iniciar as acusações teria agido movido por vingança pessoal, após ser derrotado em outra disputa judicial. A narrativa acusatória ganhou projeção midiática e foi reforçada por interpretações enviesadas que prolongaram, de forma injustificável, a permanência do processo no sistema judiciário.
Reconhecimento da inocência e reação
A sentença que arquiva o processo confirma o que a defesa do bispo Samuel Ferreira sustentava desde o início: não havia qualquer envolvimento do líder religioso nos crimes investigados. A Justiça reconheceu a ausência de elementos mínimos que justificassem a continuidade da ação penal.
“O encerramento definitivo do processo não é apenas uma vitória pessoal, é uma vitória da verdade sobre a perseguição. É a reafirmação de que ninguém pode ser condenado por conveniência política ou por vingança institucional”, diz a nota publicada por aliados do bispo.
Líder de uma das maiores igrejas pentecostais do país, Samuel Ferreira é uma figura de destaque no meio evangélico e também já teve atuação política. Sua absolvição foi celebrada por fiéis e líderes religiosos que consideravam a acusação um ataque injusto à sua imagem e ministério.
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